Leite derramado
que escorre na rua,
sob a lágrima
que seu olho sua
Amor esquecido
debaixo da porta,
ao lado da notícia
que a chuva recorta
Diante da imagem
que o espelho não gosta,
escreve a ti mesma
e espera a resposta.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
quarta-feira, 28 de julho de 2010
equilíbrio?
Por vezes,
há mais relógio que horas,
menos trovão que raio.
Acontece
de eu não perceber que demoras,
levo um tropeção, mas não caio.
há mais relógio que horas,
menos trovão que raio.
Acontece
de eu não perceber que demoras,
levo um tropeção, mas não caio.
a flor e o espinho
Quero o impossível
Abraço a improbabilidade
Vejo o invisível
Desprezo a fatalidade
Sou surdo aos argumentos
que justificam a covardia
Explodo em sentimentos
e renasço todo dia
Não se orgulhe da dureza,
que engessa sua vida
Não abuse da certeza,
liberte-se para a dúvida
Orgulho excessivo?
Previsível seu caminho:
desenlace compulsivo,
pouca flor e muito espinho
Abraço a improbabilidade
Vejo o invisível
Desprezo a fatalidade
Sou surdo aos argumentos
que justificam a covardia
Explodo em sentimentos
e renasço todo dia
Não se orgulhe da dureza,
que engessa sua vida
Não abuse da certeza,
liberte-se para a dúvida
Orgulho excessivo?
Previsível seu caminho:
desenlace compulsivo,
pouca flor e muito espinho
terça-feira, 27 de julho de 2010
dia e noite
No dia do meu aniversário,
me dá um sorriso de berçário.
Na noite mais bonita,
ressuscita a minha sede com uma lágrima bendita.
me dá um sorriso de berçário.
Na noite mais bonita,
ressuscita a minha sede com uma lágrima bendita.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Você, a preferida
Lança a ferida
Balança aferida
Redução referida
Dedução inferida
Amortização conferida
Ação do amor deferida
Balança aferida
Redução referida
Dedução inferida
Amortização conferida
Ação do amor deferida
sábado, 24 de julho de 2010
música em você
Tu és
veleiro em noite clara
Tu és
a Lua sob o lençol
Tu és
mistério que se declara
Tu és
silêncio em si bemol
veleiro em noite clara
Tu és
a Lua sob o lençol
Tu és
mistério que se declara
Tu és
silêncio em si bemol
sexta-feira, 23 de julho de 2010
vôo livre
Dispenso a toalha,
prefiro o ar
Que a água escorra,
que a morte morra,
voar, voar
Propenso à claridade,
indefiro a treva
A terra não tem idade,
a rocha não tem saudade,
invade, invade
prefiro o ar
Que a água escorra,
que a morte morra,
voar, voar
Propenso à claridade,
indefiro a treva
A terra não tem idade,
a rocha não tem saudade,
invade, invade
quinta-feira, 22 de julho de 2010
o que soul
Sou novamente antigo
Eu sou a maré
Eu sou pão e sou o trigo
Sou mais que isso, até
Sou a chama que se acende
Eu sou o lampião
Sou o que você não compreende,
mas não sou em vão
Sou a beira do caminho
Eu sou a voz do vento
Sou a embriaguez do vinho
e a lucidez que invento
Soo como soa o sino
Suo sua procura
Sou também seu desatino
e o seu bem sem cura
Sou a fresta da estrada,
que convida à mudança
Soul e blues na madrugada
Sou o som que te balança.
Eu sou a maré
Eu sou pão e sou o trigo
Sou mais que isso, até
Sou a chama que se acende
Eu sou o lampião
Sou o que você não compreende,
mas não sou em vão
Sou a beira do caminho
Eu sou a voz do vento
Sou a embriaguez do vinho
e a lucidez que invento
Soo como soa o sino
Suo sua procura
Sou também seu desatino
e o seu bem sem cura
Sou a fresta da estrada,
que convida à mudança
Soul e blues na madrugada
Sou o som que te balança.
roteiro de viagem
Passeio por mim,
qual turista.
Perambulo pelos
escombros das lembranças,
navego pelas lágrimas
sem legenda,
ancoro em certos sorrisos
incertos.
Tropeço em datas,
sem cair,
ajeito a gravata,
que não uso mais,
descalço o sapato
antisocial,
desleio a agenda
e dobro a esquina,
em cinquenta e cinco pedaços.
qual turista.
Perambulo pelos
escombros das lembranças,
navego pelas lágrimas
sem legenda,
ancoro em certos sorrisos
incertos.
Tropeço em datas,
sem cair,
ajeito a gravata,
que não uso mais,
descalço o sapato
antisocial,
desleio a agenda
e dobro a esquina,
em cinquenta e cinco pedaços.
terça-feira, 20 de julho de 2010
"mesmo esquecendo a canção"
Amizade
é café com sentimento,
é banquete na calçada,
é fé, consentimento
para tudo ou quase nada.
é café com sentimento,
é banquete na calçada,
é fé, consentimento
para tudo ou quase nada.
de novo
Remexe meu sono
Acorda meu dia
Floresce no outono
Entorna poesia
Distrai meus enganos
Brinca comigo
Refaz os teus planos
Esquece o umbigo
Me dá tua mão
Me conta um segredo
Aquece o pão
Esfria o medo
Acorda meu dia
Floresce no outono
Entorna poesia
Distrai meus enganos
Brinca comigo
Refaz os teus planos
Esquece o umbigo
Me dá tua mão
Me conta um segredo
Aquece o pão
Esfria o medo
sábado, 17 de julho de 2010
probabilidades
Se titubeio, bobeio
Se invisto, creio
Se exagero, edito
Se pondero, medito
Se adio, adios
Se deposito, depois
Se exito, dou nós
Se êxito, nós dois
Se invisto, creio
Se exagero, edito
Se pondero, medito
Se adio, adios
Se deposito, depois
Se exito, dou nós
Se êxito, nós dois
sexta-feira, 16 de julho de 2010
ego
Desen(canto)
Desap(ego)
Des(pedida)
Des(proteção)
A voz do ego
pedindo proteção?
Prefixo que renego
dizendo sim ao coração?
Desap(ego)
Des(pedida)
Des(proteção)
A voz do ego
pedindo proteção?
Prefixo que renego
dizendo sim ao coração?
suposição
Se trai o sofrimento,
retrai a retirada,
subtrai todo o lamento,
contrai o tudo e o nada.
Se traz o sentimento,
detrás da ansiedade,
distrai meu pensamento,
atrai minha saudade.
retrai a retirada,
subtrai todo o lamento,
contrai o tudo e o nada.
Se traz o sentimento,
detrás da ansiedade,
distrai meu pensamento,
atrai minha saudade.
retoque
Requentar?
Esquentar é bem melhor.
Rejeito?
Gosto mesmo é do teu jeito.
Receios?
Prefiro os teus seios.
Retorno?
Recomeço do transtorno?
Revolta?
Só se for outra volta.
Recolher?
Pra acolher melhor o fruto.
Refugas?
Melhor fugir das fugas.
Retira?
Antes isso, que mentira.
Reparto?
Nascer de novo.
Recato?
Recolho e te entrego.
Renego?
Reafirmar a negação?
Remar?
Navegar em outro mar.
Revide?
Olhar, de novo, e ver melhor.
Esquentar é bem melhor.
Rejeito?
Gosto mesmo é do teu jeito.
Receios?
Prefiro os teus seios.
Retorno?
Recomeço do transtorno?
Revolta?
Só se for outra volta.
Recolher?
Pra acolher melhor o fruto.
Refugas?
Melhor fugir das fugas.
Retira?
Antes isso, que mentira.
Reparto?
Nascer de novo.
Recato?
Recolho e te entrego.
Renego?
Reafirmar a negação?
Remar?
Navegar em outro mar.
Revide?
Olhar, de novo, e ver melhor.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
quem?
Quem é você,
que chega de mansinho
e depressa faz seu nome
decorar o meu caminho?
Quem é você,
sobre a cama que flutua,
que me faz perder o chão,
decolando rumo à lua?
Quem é você,
que me rouba os sentidos,
mas me torna mais sensível
aos meus sonhos escondidos?
que chega de mansinho
e depressa faz seu nome
decorar o meu caminho?
Quem é você,
sobre a cama que flutua,
que me faz perder o chão,
decolando rumo à lua?
Quem é você,
que me rouba os sentidos,
mas me torna mais sensível
aos meus sonhos escondidos?
sax
Espalhe jazz por toda a tez
Saque seu fone e diz assim,
em dó maior, o que a fez
amanhecer tocando em mim.
Saque seu fone e diz assim,
em dó maior, o que a fez
amanhecer tocando em mim.
também
Início do amor,
no final do dia,
sorrisos reunidos,
clima de euforia,
me faz bem!
Cheiro de delícia,
vindo da cozinha,
ausência de malícia,
você sorrir sozinha,
me faz bem!
Chico e Tom Jobim,
inventar um jogo,
você perto de mim,
gol do Botafogo,
me faz bem!
Descrever estradas,
escrever poesia ,
sair por entradas,
sentir a maresia,
me faz bem!
Jogar futebol,
fazer gol,
ver o por do sol,
descobrir quem sou,
me faz bem!
Falar de amor
e filosofia,
driblar a dor,
confiar em quem confia,
me faz bem!
Gargalhada boa,
a qualquer momento,
e ficar à toa,
sem arrependimento,
me faz bem!
Ser o que proclamo,
cuidar da saúde,
abraçar quem amo,
tanto e amiúde,
me faz bem!
no final do dia,
sorrisos reunidos,
clima de euforia,
me faz bem!
Cheiro de delícia,
vindo da cozinha,
ausência de malícia,
você sorrir sozinha,
me faz bem!
Chico e Tom Jobim,
inventar um jogo,
você perto de mim,
gol do Botafogo,
me faz bem!
Descrever estradas,
escrever poesia ,
sair por entradas,
sentir a maresia,
me faz bem!
Jogar futebol,
fazer gol,
ver o por do sol,
descobrir quem sou,
me faz bem!
Falar de amor
e filosofia,
driblar a dor,
confiar em quem confia,
me faz bem!
Gargalhada boa,
a qualquer momento,
e ficar à toa,
sem arrependimento,
me faz bem!
Ser o que proclamo,
cuidar da saúde,
abraçar quem amo,
tanto e amiúde,
me faz bem!
quarta-feira, 14 de julho de 2010
chuva
As ruas amanheceram lavadas,
o azul pelo ceú esquecido,
desliza suor nas encostas
Noite e manhã, meninas levadas,
brincando e soprando no ouvido
palavras travessas, que tanto gostas
o azul pelo ceú esquecido,
desliza suor nas encostas
Noite e manhã, meninas levadas,
brincando e soprando no ouvido
palavras travessas, que tanto gostas
terça-feira, 13 de julho de 2010
confesso que vivi
Já chorei
Já sofri
Jacaré,
eu já vi
Já fui rei
Fui saci
Jaca, né,
já comi
Já casei
Grande amor,
eu vivi
Bom te ver,
bem- te- vi
Te esquecer?
Esqueci
Ao escrever,
revivi
Já sofri
Jacaré,
eu já vi
Já fui rei
Fui saci
Jaca, né,
já comi
Já casei
Grande amor,
eu vivi
Bom te ver,
bem- te- vi
Te esquecer?
Esqueci
Ao escrever,
revivi
a cor da solidão
Tem gente que machuca gente,
agente do desamor.
Há quem machuque a gente
e não suporte a própria dor.
Indiferença é solidão,
uma casa muito escura.
Diferente é compaixão,
experimente, é sua cura.
agente do desamor.
Há quem machuque a gente
e não suporte a própria dor.
Indiferença é solidão,
uma casa muito escura.
Diferente é compaixão,
experimente, é sua cura.
brincadeira de roda
A vela, pra iluminar
Há vela, pra ir pro mar
Revela, pra cedo ir
Revê-la, pra seduzir
A veia, para sangrar
Aveia, para nutrir
A teia, para a aranha
Ateia, pra incendiar
Areia, sem arranhar
Arreia, pra cavalgar
A terra, para plantar
Há Terra, para salvar
Halteres, pra exibir
Alter ego, pra ocultar
A ceia, pra reunir
A seita, pra dividir
Aceita, pra eu sorrir
Avenca, pra harmonizar
Avença, pra aproximar
Me vença, pra eu ganhar!
Ah! venha, pra eu te amar!
Há vela, pra ir pro mar
Revela, pra cedo ir
Revê-la, pra seduzir
A veia, para sangrar
Aveia, para nutrir
A teia, para a aranha
Ateia, pra incendiar
Areia, sem arranhar
Arreia, pra cavalgar
A terra, para plantar
Há Terra, para salvar
Halteres, pra exibir
Alter ego, pra ocultar
A ceia, pra reunir
A seita, pra dividir
Aceita, pra eu sorrir
Avenca, pra harmonizar
Avença, pra aproximar
Me vença, pra eu ganhar!
Ah! venha, pra eu te amar!
café com (de)leite
Café misturado ao beijo
Sabor de menta e desejo
Doce o sal da saliva
A pequena morte é viva
Meandros da tua alma,
que provo e aprovo, com calma
Escafandros a caminho,
para mergulhar em meus medos
sozinho
Eternidades de qualquer tamanho
em abraços que dou e que ganho
Pegadas do doce e louco desejo
no café, na saliva e no beijo
Sabor de menta e desejo
Doce o sal da saliva
A pequena morte é viva
Meandros da tua alma,
que provo e aprovo, com calma
Escafandros a caminho,
para mergulhar em meus medos
sozinho
Eternidades de qualquer tamanho
em abraços que dou e que ganho
Pegadas do doce e louco desejo
no café, na saliva e no beijo
Sonho real
Sair pelas ruas cantando
Ouvir o vento falar
Nuvem tocando a pele
Hiato entre o medo e o agora
Ondas de paz matinal
Ouvir o vento falar
Nuvem tocando a pele
Hiato entre o medo e o agora
Ondas de paz matinal
bom dia
Ainda dormes.
Movo-me, de mansinho,
pois teus sonhos
ainda vão espreguiçar.
Peço que me informes
mas, de todo modo, eu adivinho,
se é melhor um beijo
ou um raio de sol,
ao despertar.
Movo-me, de mansinho,
pois teus sonhos
ainda vão espreguiçar.
Peço que me informes
mas, de todo modo, eu adivinho,
se é melhor um beijo
ou um raio de sol,
ao despertar.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
enfim
Não voltarei atrás,
pois os passos já passaram
Seguirei em frente,
até estar de frente a mim
O que será fugaz,
se as fugas terminaram?
Um meditar contente,
atestar que me encontrei, enfim!
pois os passos já passaram
Seguirei em frente,
até estar de frente a mim
O que será fugaz,
se as fugas terminaram?
Um meditar contente,
atestar que me encontrei, enfim!
a luz do desejo
Meus olhos estão nas mãos,
enxergo pelo tato,
sua boca em meus desvãos,
meu pudor perde o contato.
Luz acesa, quarto escuro,
me procuro e não me acho,
em seus cabelos me seguro,
o desejo enche um tacho.
enxergo pelo tato,
sua boca em meus desvãos,
meu pudor perde o contato.
Luz acesa, quarto escuro,
me procuro e não me acho,
em seus cabelos me seguro,
o desejo enche um tacho.
contratempo
E se o tempo parasse,
de repente?
Para onde iria a pressa?
E você, o que faria?
Mas se as horas corressem,
loucamente,
até a dor passaria depressa.
Mas a vida toda só seria...um dia.
de repente?
Para onde iria a pressa?
E você, o que faria?
Mas se as horas corressem,
loucamente,
até a dor passaria depressa.
Mas a vida toda só seria...um dia.
domingo, 11 de julho de 2010
para sermos
Deixo, sobre a calçada,
junto ao leite e ao pão,
meia dúzia de intenções.
Assim, com a alma lavada
e a esperança na mão...
mas sem sermões.
junto ao leite e ao pão,
meia dúzia de intenções.
Assim, com a alma lavada
e a esperança na mão...
mas sem sermões.
sábado, 10 de julho de 2010
o som da soma
S etembro, para os cabelos
O ásis, para os olhos
M adrugada, para a boca
A lma, para o corpo inteiro
O ásis, para os olhos
M adrugada, para a boca
A lma, para o corpo inteiro
eu e os outros
Imaginei reunir
todos que já fui:
a criança, o rapaz...
Deixar fluir
o que sopesa e o que intui,
serei capaz?
Descobri, contudo,
reunidos já estão,
eloquente ou quase mudo,
eu sou muitos, eles não.
todos que já fui:
a criança, o rapaz...
Deixar fluir
o que sopesa e o que intui,
serei capaz?
Descobri, contudo,
reunidos já estão,
eloquente ou quase mudo,
eu sou muitos, eles não.
desvendar
A paixão, em mim, não é hormonal,
não chegou agora, ela vem de longe.
O que me eriça a alma, não é o normal,
é o que transcende, mas não sou monge.
Kerouac, Nietzsche, Jobim,
terra molhada, amendoeira, maio, quintal,
breve resumo de mim,
sem vendas...lual...vendaval
não chegou agora, ela vem de longe.
O que me eriça a alma, não é o normal,
é o que transcende, mas não sou monge.
Kerouac, Nietzsche, Jobim,
terra molhada, amendoeira, maio, quintal,
breve resumo de mim,
sem vendas...lual...vendaval
sexta-feira, 9 de julho de 2010
copa e cabana
Que fazer com o pior
que há em nós?
Para debaixo do tapete varrer
ou tentar desatar os nós?
Almas miseráveis
vivem até em castelos
Qual será a origem
de tamanhos flagelos?
Ídolos de barro,
que convidam ao precipício
Concebidos, escondidos,
abandonados desde o início
Dizem que a seleção
é a pátria de chuteira
Mas o simples cidadão
anda descalço a vida inteira.
que há em nós?
Para debaixo do tapete varrer
ou tentar desatar os nós?
Almas miseráveis
vivem até em castelos
Qual será a origem
de tamanhos flagelos?
Ídolos de barro,
que convidam ao precipício
Concebidos, escondidos,
abandonados desde o início
Dizem que a seleção
é a pátria de chuteira
Mas o simples cidadão
anda descalço a vida inteira.
manhã da noite
Eu te entrego
as estrelas
que a noite
esqueceu de levar.
Eu me entrego
às estrelas,
para que, à noite,
você me veja brilhar.
as estrelas
que a noite
esqueceu de levar.
Eu me entrego
às estrelas,
para que, à noite,
você me veja brilhar.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
eu e ela
Partam minha alma ao meio,
olhem bem, sem receio...
estrelas, do céu e da terra,
um choro sentido,
uma longa espera,
palavras pingentes, no ouvido,
um garoto magrinho,
caminhando sozinho...
é o que verão.
Partam minha alma em pedaços,
mas é preciso escutar...
um suplicar de abraços,
rimas, amor e o mar,
um refazer infinito,
indecifrável o grito..
é o que ouvirão.
Partam, deixem a alma comigo,
serei dela o abrigo,
e ela, minha porta de entrada.
Ela, que mal adivinha
onde vai dar a estrada.
Minha alma... é tudo que sou...
e mais nada.
olhem bem, sem receio...
estrelas, do céu e da terra,
um choro sentido,
uma longa espera,
palavras pingentes, no ouvido,
um garoto magrinho,
caminhando sozinho...
é o que verão.
Partam minha alma em pedaços,
mas é preciso escutar...
um suplicar de abraços,
rimas, amor e o mar,
um refazer infinito,
indecifrável o grito..
é o que ouvirão.
Partam, deixem a alma comigo,
serei dela o abrigo,
e ela, minha porta de entrada.
Ela, que mal adivinha
onde vai dar a estrada.
Minha alma... é tudo que sou...
e mais nada.
mu dança
Musicar conforme a dança,
ir com poucas,
não com as outras,
ser Quixote e Sancho Pança
Intolerância e abandono,
lágrimas que ninguém vê.
A esperança não tem dono,
se entrega a quem nela crê.
ir com poucas,
não com as outras,
ser Quixote e Sancho Pança
Intolerância e abandono,
lágrimas que ninguém vê.
A esperança não tem dono,
se entrega a quem nela crê.
Por que?
Por que
tanta violência contra uma pessoa?
Por que
não se importar com o quanto doa?
Por que
o desprezo pela vida?
Por que
mesmo preso, não se intimida?
Por que
falar em Deus, se há tanta cobiça?
Porque
feminina é, também, a palavra justiça
ps: o texto é um libelo contra toda e qualquer violência contra a vida.
tanta violência contra uma pessoa?
Por que
não se importar com o quanto doa?
Por que
o desprezo pela vida?
Por que
mesmo preso, não se intimida?
Por que
falar em Deus, se há tanta cobiça?
Porque
feminina é, também, a palavra justiça
ps: o texto é um libelo contra toda e qualquer violência contra a vida.
vamos
Vem
mudar a minha rima
Vem
desarrumar meu pensamento
Vem
confundir minha retina
Vem
desatinar o algoz que invento
Vou
desarrumar minha rotina
Vou
desafiar seu sofrimento
Vou
mudar a sua sina
Vou
confundir a voz do tempo
mudar a minha rima
Vem
desarrumar meu pensamento
Vem
confundir minha retina
Vem
desatinar o algoz que invento
Vou
desarrumar minha rotina
Vou
desafiar seu sofrimento
Vou
mudar a sua sina
Vou
confundir a voz do tempo
presentes bem passados
O tempo passeia por mim,
tira fotos, sem negativos.
Há tempos, desconfio do fim,
e tenho lá os meus motivos.
Coleciono presentes,
sem amarrotar.
Assim passados, futuramente,
terei presentes pra dar.
tira fotos, sem negativos.
Há tempos, desconfio do fim,
e tenho lá os meus motivos.
Coleciono presentes,
sem amarrotar.
Assim passados, futuramente,
terei presentes pra dar.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
breve
Saudade é coisa estranha,
quanto mais, quanto menos...
é falta, é ausência tamanha,
é presença do que tivemos
quanto mais, quanto menos...
é falta, é ausência tamanha,
é presença do que tivemos
sempre(ssa)
Entrar em seus domínios
não é algo premente,
é preciso que a gente
se penetre...no olhar
Sair de tua órbita,
tem que ser com calma,
até que tua alma
comece a exorbitar.
não é algo premente,
é preciso que a gente
se penetre...no olhar
Sair de tua órbita,
tem que ser com calma,
até que tua alma
comece a exorbitar.
Lavoisier
Amor não se cria,
não se apropria
Amor não se perde,
nem se impede
Amor se transforma...
Amor não tem dono,
nem sente sono
Amor não tem cura,
nem se mistura
Amor não tem norma...
Amor é da gente,
onde tudo começa
Se palavra somente,
acaba depressa.
não se apropria
Amor não se perde,
nem se impede
Amor se transforma...
Amor não tem dono,
nem sente sono
Amor não tem cura,
nem se mistura
Amor não tem norma...
Amor é da gente,
onde tudo começa
Se palavra somente,
acaba depressa.
terça-feira, 6 de julho de 2010
atração
Garoa e temporal
criadora e criação
amorosa e sensual,
magnética atração
Faça acontecer,
não espere nem um dia,
disfarça, se eu morrer,
faz de conta que eu nascia.
criadora e criação
amorosa e sensual,
magnética atração
Faça acontecer,
não espere nem um dia,
disfarça, se eu morrer,
faz de conta que eu nascia.
simplicidade
Amor,
vem me tirar os medos
Amor,
vem me tirar dos trilhos
Amor,
vem me contar segredos
Amor,
vamos juntar os brilhos
Amor,
nem que seja por um tempo,
vamos ouvir o vento,
desperdiçar a dor...
Amor,
vem me trazer sabor.
vem me tirar os medos
Amor,
vem me tirar dos trilhos
Amor,
vem me contar segredos
Amor,
vamos juntar os brilhos
Amor,
nem que seja por um tempo,
vamos ouvir o vento,
desperdiçar a dor...
Amor,
vem me trazer sabor.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
o poder das palavras
Escrevo o que sinto
sem códigos ou senhas,
deito e afrouxo o cinto,
inspiração, que me tenhas.
Falo, sem mentira,
e espero que me entenda,
o que, de mim, ouvira
é eterna oferenda.
sem códigos ou senhas,
deito e afrouxo o cinto,
inspiração, que me tenhas.
Falo, sem mentira,
e espero que me entenda,
o que, de mim, ouvira
é eterna oferenda.
motim
Sou tantos, em mim...
palavras soltas,
a surpreender...
Há santos, em motim...
em mil revoltas...
pra se perder
dos prantos,
e dos tantos...
que há em mim.
palavras soltas,
a surpreender...
Há santos, em motim...
em mil revoltas...
pra se perder
dos prantos,
e dos tantos...
que há em mim.
o pequeno príncipe
Raposas e galinhas...
o bem e o mal... onde estão?
Um pote de eternidades, se adivinhas,
passemos para outra parte, então.
Cativar é essencial,
na visão de Exupery,
o que torna alguém especial
é o tempo que, com esse alguém, "perdi"
Se houve um verbo, ao principiar,
se tudo começou daí,
o tal verbo só pode ser amar
e foi "perdendo" tempo que sempre vivi.
o bem e o mal... onde estão?
Um pote de eternidades, se adivinhas,
passemos para outra parte, então.
Cativar é essencial,
na visão de Exupery,
o que torna alguém especial
é o tempo que, com esse alguém, "perdi"
Se houve um verbo, ao principiar,
se tudo começou daí,
o tal verbo só pode ser amar
e foi "perdendo" tempo que sempre vivi.
domingo, 4 de julho de 2010
se...
Incoerência
é incorrer em reticência?
socorrer a consciência?
ou só correr da paciência?
Ao meu olhar,
incoerente é não amar,
preferindo a rigidez
à beleza do talvez.
é incorrer em reticência?
socorrer a consciência?
ou só correr da paciência?
Ao meu olhar,
incoerente é não amar,
preferindo a rigidez
à beleza do talvez.
rua das acontecências
O que está acontecendo?
Quero chover em teu ser,
não quero sido, prefiro sendo...
O que acontece?
Trovejo de pulsões,
verto vertigem, ver-te, não vendo...
O que aconteceu?
Neblinei todo o tato,
perdido em ti, em pleno ato...
O que acontecerá?
Estarei ensolarado,
imerso na pureza,
emergindo do pecado.
p.s.: what's going on? Do mergulho, beberei o som!!
Quero chover em teu ser,
não quero sido, prefiro sendo...
O que acontece?
Trovejo de pulsões,
verto vertigem, ver-te, não vendo...
O que aconteceu?
Neblinei todo o tato,
perdido em ti, em pleno ato...
O que acontecerá?
Estarei ensolarado,
imerso na pureza,
emergindo do pecado.
p.s.: what's going on? Do mergulho, beberei o som!!
inspiração
Postagem
que remete, mira
Miragem
que intromete, atua
Tatuagem
que se mete, vã
Vantagem
que promete, imã
Imagem
que mente, passa
Passagem
semente, via
Viagem
somente ia
Bobagem
demente dia
Postagem
premente filha
que remete, mira
Miragem
que intromete, atua
Tatuagem
que se mete, vã
Vantagem
que promete, imã
Imagem
que mente, passa
Passagem
semente, via
Viagem
somente ia
Bobagem
demente dia
Postagem
premente filha
sábado, 3 de julho de 2010
wave
E se...
meu calor tocar no seu?
E se...
sua fome provocar a minha?
E se...
o talvez se perder no breu?
E se...
seu segredo o meu adivinha?
E se...
depois de tanto, remanescer?
E se...
nossos gritos, o mundo ouvir?
Esse
será, em mim, o amanhecer
desse
flutuar que há de vir
meu calor tocar no seu?
E se...
sua fome provocar a minha?
E se...
o talvez se perder no breu?
E se...
seu segredo o meu adivinha?
E se...
depois de tanto, remanescer?
E se...
nossos gritos, o mundo ouvir?
Esse
será, em mim, o amanhecer
desse
flutuar que há de vir
ambos
Amor e paixão...
quando é um,
quando os dois?
Amor e paixão...
se nenhum,
não há depois.
Amor com paixão...
dois em um,
magia, pois.
quando é um,
quando os dois?
Amor e paixão...
se nenhum,
não há depois.
Amor com paixão...
dois em um,
magia, pois.
desaniversário (por Patrícia Gonçalves)
Andar,
venho andando há tempos...a esmo, sem bússolas.
Chegar...contratempo de percurso...
desvios e atalhos no caminho,
em meio às buscas,
fui eu a encontrada...
garota perdida, que bate à porta,
mundo novo que se apresenta...
desconhecido...
carinhos, desejos e medos...
o gato de Alice...alianças aladas, desaniversários vários...
venha comer um pedaço de bolo,
vamos comemorar a vida, o novo, inusitado,
o insólito, que se apresenta...
um basta nas falas, roteiros escritos ...
personagens aguardados ...
andemos, inventemos subverter toda ordem pretendida!
Caminho que se ascende, de mãos dadas ...
medo que se olha no olho, não é mais medo!
p.s.: não poderia colocar aqui nenhum outro poema, a não ser o que fiz pra você, do sentimento que me inspirou. Mas, como poetas e loucos, buscamos caminhos..., caminhos errantes..., ora paralelos, ora se cruzam, algumas vezes, se fundem na mesma rota, outras se perdem na trilha. Mas o sentimento perdura, assim como a ternura e todos os versos de uma linda poesia. Beijo Grande!
venho andando há tempos...a esmo, sem bússolas.
Chegar...contratempo de percurso...
desvios e atalhos no caminho,
em meio às buscas,
fui eu a encontrada...
garota perdida, que bate à porta,
mundo novo que se apresenta...
desconhecido...
carinhos, desejos e medos...
o gato de Alice...alianças aladas, desaniversários vários...
venha comer um pedaço de bolo,
vamos comemorar a vida, o novo, inusitado,
o insólito, que se apresenta...
um basta nas falas, roteiros escritos ...
personagens aguardados ...
andemos, inventemos subverter toda ordem pretendida!
Caminho que se ascende, de mãos dadas ...
medo que se olha no olho, não é mais medo!
p.s.: não poderia colocar aqui nenhum outro poema, a não ser o que fiz pra você, do sentimento que me inspirou. Mas, como poetas e loucos, buscamos caminhos..., caminhos errantes..., ora paralelos, ora se cruzam, algumas vezes, se fundem na mesma rota, outras se perdem na trilha. Mas o sentimento perdura, assim como a ternura e todos os versos de uma linda poesia. Beijo Grande!
sexta-feira, 2 de julho de 2010
beleza plural
Intensidade,
criatividade,
atividade intelectual...
beleza é fundamental?
Leveza
ternura
elegância acima do normal...
beleza é fundamental?
Sensualidade
simplicidade
amorosidade toda especial...
beleza é fundamental?
O toque de alma
o jeito sensível
a arte final...
O que é beleza, afinal?
criatividade,
atividade intelectual...
beleza é fundamental?
Leveza
ternura
elegância acima do normal...
beleza é fundamental?
Sensualidade
simplicidade
amorosidade toda especial...
beleza é fundamental?
O toque de alma
o jeito sensível
a arte final...
O que é beleza, afinal?
contudo...com tudo
Compaixão
para aceitar
Com paixão
puro néctar
Competição
para superar
Com petição
para esperar
Compulsão
impura mania
Com pulsão
pura magia
Compensar
anoitecendo
Com pensar
acontecendo
Contato
para aquecer
Com tato
para esquecer
Contíguo
seu, ao lado
Contigo
eu, alado!
para aceitar
Com paixão
puro néctar
Competição
para superar
Com petição
para esperar
Compulsão
impura mania
Com pulsão
pura magia
Compensar
anoitecendo
Com pensar
acontecendo
Contato
para aquecer
Com tato
para esquecer
Contíguo
seu, ao lado
Contigo
eu, alado!
quinta-feira, 1 de julho de 2010
senha do amor
Nuvens
no céu da tua boca
decoram a não pouca
fome de mais
Penugens,
o mapa da mina
que me descortina
anseio demais
Tu vens,
batom sobre os lábios,
que tombam em meu rosto
deixando um gosto
que quero provar
Nu vou
e nua vieste
ternura é a veste
e a senha de amar
no céu da tua boca
decoram a não pouca
fome de mais
Penugens,
o mapa da mina
que me descortina
anseio demais
Tu vens,
batom sobre os lábios,
que tombam em meu rosto
deixando um gosto
que quero provar
Nu vou
e nua vieste
ternura é a veste
e a senha de amar
dança das palavras
Está tão claro...mas é segredo
o teto existe...mas é de palha
você se esconde...mas é sem medo
se traz pra mim...mas não espalha
Existe, é claro...mas é de palha
o teto esconde...mas não espalha
você pra mim...não é segredo
se traz amor...não há mais medo
o teto existe...mas é de palha
você se esconde...mas é sem medo
se traz pra mim...mas não espalha
Existe, é claro...mas é de palha
o teto esconde...mas não espalha
você pra mim...não é segredo
se traz amor...não há mais medo
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